ETFs podem abrir as portas para quem quer começar a investir no exterior
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Fundos que seguem índices internacionais podem ser alternativa para proteger o patrimônio financeiro das oscilações do mercado interno
Os fundos de índice (ETFs) são um tipo de investimento em renda variável que, como o próprio nome diz, tem o rendimento atrelado a um índice de referência, que pode ser internacional. Por isso, também se configuram como alternativa para quem tem o interesse em começar a investir no exterior.
Quando o índice de referência do ETF é estrangeiro, o comportamento dos ativos que compõem o fundo fica sujeito às oscilações do cenário econômico do país em questão. Investir no exterior, portanto, é uma forma de proteger o patrimônio financeiro das incertezas do mercado nacional.
Como 2022 é um ano eleitoral no Brasil, a indefinição do cenário político provoca dúvidas sobre o futuro econômico. Nessas circunstâncias, os investimentos internacionais tendem a despertar mais interesse.
O mercado financeiro alerta que, ao optar por um ETF internacional, é preciso ter atenção às taxas e aos tributos que podem ser cobrados pela “transação indireta”. Esse cuidado é importante porque não há necessidade de o investidor abrir uma conta internacional para realizar o investimento. Dessa forma, a transação é “mediada” pela bolsa de valores.
Vantagens e desvantagens
Na avaliação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os ETFs oferecem como principal vantagem ao investidor a possibilidade de diversificar a carteira de investimentos. A composição desse fundo reúne diferentes ativos, o que dilui os riscos e assegura maior equilíbrio dos resultados.
Por conta dessa dinâmica, os ETFs também são considerados investimentos mais seguros em comparação com outros produtos financeiros de renda variável, como ações, câmbio e criptomoedas. Ao lado dos fundos de investimentos imobiliários (FIIs), são apontados como porta de entrada para quem deseja ingressar na modalidade. Outro aspecto positivo é que os ETFs são investimentos acessíveis.
Em contrapartida, a Anbima destaca que os custos com tributos e taxas administrativas podem ser considerados “desvantagens” desse tipo de fundo.
Como investir em ETFs
O investimento em ETF é realizado na bolsa de valores. Para investir, o interessado deve abrir uma conta em uma plataforma de investimentos para ter acesso ao sistema.
De acordo com dados da Bolsa de Valores (B3), há 71 fundos de índice disponíveis para os investidores brasileiros; uma parcela tem índices internacionais como referência. Dentre eles estão o que performam o índice S&P 500, composto por ativos cotados nas bolsas de valores norte-americanas New York Stock Exchange (NYSE) ou National Association of Securities Dealers Automated Quotations (NASDAQ).
No site da B3, é possível consultar as informações específicas de cada um dos fundos. Além de saber o índice de referência dos ETFs, os interessados têm acesso à composição da carteira, ao informe diário, ao balancete e aos comunicados direcionados para o mercado.
Também são disponibilizados dados técnicos, como o nome do pregão, o código de negociação, a classificação setorial, a quantidade de cotas emitidas, o histórico de cotações e as informações de contato.