Resiliência: a chave para viver em tempos difíceis
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Momento atual reforça a importância do autoconhecimento e da habilidade de se adaptar em momentos conturbados, entenda.
A pandemia mundial de coronavírus evidenciou, mais uma vez, a importância de se estar preparado para momentos ruins e conturbados. A nova realidade do mundo abalou diversos aspectos da sociedade e tem sido responsável por uma onda de desesperança em relação ao futuro. Sandra Santos, grafóloga e consteladora familiar, diz que um dos principais motivos para tal sentimento é que muitas pessoas vivem de acordo com a zona de conforto e, ao sair dela, muitas coisas podem desmoronar rapidamente. É nesse quesito que o autoconhecimento e o conceito de resiliência se tornam tão importantes.
De acordo com Sandra, seja na vida pessoal ou profissional, saber se adaptar às diversas situações, principalmente imprevistos, impostos pela vida é essencial para alcançar o propósito de vida. “É nesse momento que se entende a relação do autoconhecimento com tudo que está ao nosso redor. Só é possível se adaptar e tirar pontos positivos de qualquer situação quando conhecemos a nós mesmos profundamente”, esclarece.
Porém, o autoconhecimento profundo exige prática constante. “Nesse processo de mudança e readaptação, constantemente mudamos nossas opiniões, formas de agir em determinada situação, objetivos, dentre outros. Portanto, a todo momento é necessário olhar para dentro de nós mesmos até entender nossas necessidades e o caminho a seguir”, acrescenta.
Durante a pandemia, por exemplo, boa parte da população está vivendo algo inédito: a necessidade de ter a própria companhia a maior parte do tempo. “Algumas pessoas sempre precisaram de outros para se sentirem completos, isso é ocasionado por diversas razões adquiridas ao longo da vida, como relacionamento familiar e outras crenças. Exatamente por isso, muita gente não sabia como conviver consigo mesmo em um isolamento. Isso, aliado a todas as preocupações atuais, serviu como gatilho para diversos outros desequilíbrios e conflitos emocionais”, indica Sandra Santos.
Dessa forma, foi possível observar a dificuldade de muitas pessoas em colocar em prática a desejada resiliência. “Quando estamos mal de dentro para fora, é impossível praticar essa readaptação e se transformar como necessário. Por isso, essas são duas coisas que andam lado a lado”, ressalta.
Praticando o autoconhecimento
Segundo a grafóloga, praticar o autoconhecimento deve ser um hábito diário. “É necessário analisar suas crenças, vivência, opiniões, o mundo a sua volta, o ambiente em que cresceu e diversas situações diferentes. Apenas dessa forma será possível entender o seu real propósito, seus medos e as melhores formas de driblá-los e se adaptar de forma saudável as situações imprevistas”, aconselha.
Fonte: Sandra Santos (@sandrasantosgrafologia), Professora da Fundação Getúlio Vargas, jornalista, pós-graduada em administração para RH, com doutorado em semiótica da linguagem. Grafóloga, Filosofia Clínica, pós graduada em Constelação Familiar e Práticas Sistêmicas e Perita grafotécnica.