PEQUENA COREOGRAFIA DO ADEUS – CAXIAS
PEQUENA COREOGRAFIA DO ADEUS – CAXIAS
O projeto de dança inspirado no Flamenco e na dinâmica familiar entre pai, mãe e filha propõe uma reflexão profunda sobre as relações humanas e os laços de afetividade, levando ao palco a tensão e a busca por conexão em um ambiente que, por vezes, pode se tornar opressivo. A casa como cenário simboliza tanto o abrigo quanto a prisão, permitindo uma exploração visual e emocional das relações familiares, e questionando se, em meio ao silêncio e à desconexão, ainda existe um espaço para o amor e a intimidade.
Através da dança, o corpo de baile propõe uma jornada interna onde cada movimento busca construir essa ponte entre as emoções. Se o Flamenco é conhecido por sua expressividade intensa e sua capacidade de evocar o sacro e o profano, os bailarinos se lançarão em uma performance que mescla a musicalidade da tradição com a urgência de suas histórias individuais. A dança se torna um rito, um ato de resistência e reivindicação, onde a celebração se entrelaça com o sacrifício, remetendo ao ciclo da vida e da morte.
A Viramundo, com seu caráter inquieto e inovador, traz à cena a urgência das novas narrativas, tecendo um diálogo com a diversidade de experiências humanas. Seja através de performances que exploram a memória da história brasileira, parcerias com artistas e movimentos sociais, ou projetos que promovem a equidade de gênero e o bem-estar social, a companhia faz ecoar no palco a potência transformadora da arte.
Ao abordar temas como a vulnerabilidade social e as lutas cotidianas de diferentes grupos, a Viramundo propõe uma dança que não é apenas estética, mas que também carrega um forte compromisso com a transformação social. Assim, o espetáculo se configura como um espaço de diálogo e empoderamento, onde as vozes e corpos silenciados encontram ressonância e força.
Por meio dessa linguagem única, a proposta busca conectar o público a uma reflexão mais ampla sobre o que significa habitar uma casa, estar em família e, acima de tudo, como podemos acolher nossas próprias vulnerabilidades e as do outro. A dança, nesse contexto, se transforma não apenas em expressão artística, mas em um canal para a construção de uma sociedade mais justa e humana.
Sexta às 19h00 – 27 de Setembro
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