O QUE É PRESBIACUSIA?
Presbiacusia é a perda auditiva que acontece entre os idosos, e se caracteriza pela redução da capacidade auditiva e da acuidade, por conta do envelhecimento.
“Na maioria dos casos, inicia a partir dos 40 anos, afetando a sensibilidade pelas frequências altas. Essa perda auditiva é progressiva, bilateral e insidiosa”, explica Dra. Andrea Pires de Mello, Médica Otorrino, Chefe do Centro de Pesquisa da Audição e Equilíbrio da Clinica Pires de Mello .
“A presbiacusia é desvalorizada e negada pelo próprio idoso. Tem grande impacto na qualidade de vida. Afeta a independência, a segurança ( pela privação dos sinais de alerta), a comunicação, contribuindo para o isolamento, depressão, transtorno cognitivo leve e possivelmente demência” explica Dra. Andréa Pires de Melo, Médica Otorrino, Chefe do Centro de Pesquisa da Audição e Equilíbrio da Clinica Pires de Mello .
Índice
Como é feito o tratamento?
Em primeiro lugar, o idoso deve se conscientizar do seu problema, e depois iniciar o processo de adaptação do aparelho de amplificação sonora individual (AASI).
É muito comum ver entre os idosos um certo preconceito em relação ao uso de prótese auditiva, e até mesmo resistência.
O programa de reabilitação envolve toda uma abordagem multiprofissional, que visa a adaptação da prótese, e também o esclarecimento e aconselhamento do paciente e do familiar.
“O uso da prótese auditiva, pode também melhorar o zumbido e com isso pode ajudar os idosos a ter uma melhor qualidade de vida”. Declara Dra. Andréa Pires de Mello.
Consultas e exames são necessários, antes da compra do aparelho.
É muito importante que a indicação do aparelho seja feita com base na avaliação audiológica completa e avaliação de um otorrinolaringologista.
Situações podem influenciar no uso dos aparelhos auditivos:
Sabemos que varia entre os idosos, as necessidades e a forma de uso do aparelho auditivo. Tudo vai depender das necessidades profissionais, sociais e estilo de vida e as necessidades de comunicação de cada um. Outro fator importante é o manuseio do aparelho. É preciso destreza para colocar e tirar os aparelhos, troca de pilhas, limpeza do molde, conservação e manutenção dos aparelhos. Nada difícil, porém, certas inabilidades motoras e deficiência visual dificultam a manipulação dos aparelhos auditivos (colocar, tirar, limpar, trocar pilhas, controlar volume).
Segundo a OMS, todo indivíduo acima de 60 anos em países em desenvolvimento e aqueles acima de 65 anos em países desenvolvidos, são considerados idosos.
No Brasil, o número de idosos nos últimos anos só vem crescendo. A estimativa é que, até o final de 2025, o Brasil terá a 6ª maior população de idosos do mundo.
Com o envelhecimento, o idoso sente a diminuição de sua força muscular, tem reflexos mais lentos, desequilíbrios e tem diminuídas as acuidades visual e auditiva. Por essa razão, sentindo-se incapacitado e dependente, pode entrar num quadro depressivo.
Outros impactos da perda auditiva
Estudos revelam uma grande associação entre a deficiência auditiva (quando não tratada) e o risco de desenvolver demência.
É muito comum o idoso, quando perde a audição, entrar num quadro de aceitação e impotência, deixando de interagir com os outros, aos poucos.
Os estudos comprovam que a perda auditiva pode acelerar o desenvolvimento da demência. Portanto, é importante a ação dos familiares em notar a perda auditiva do idoso, e encaminhá-lo às consultas necessárias. O quanto antes diagnosticada e tratada, o surgimento de um transtorno cognitivo é evitado ou desacelerado.
Há um número cada vez maior de pessoas acima dos 65 anos, com perda auditiva significativa, e isso se deve ao aumento natural de população e da expectativa de vida.
Se você tem mais de 50 anos, não perca tempo, agende a consulta com um Otorrino de sua confiança, e faça uma avaliação auditiva. Este exame diagnóstico deve ocorrer o mais rápido possível!!!!
E qual seria a melhor forma de falar com o idoso que apresenta perda auditiva?
Diferentemente do que é observado com os idosos com deficiência visual, que recebem empatia, e até pena, os idosos com perda auditiva notam uma grande impaciência das pessoas.
A melhor forma de falar com o idoso é olhando-o de frente, devagar e sem gritar, com muita paciência!
Neste período da Pandemia tenho utilizado no consultório uma máscara vazada na frente com um plástico transparente, o que facilita a leitura labial. Tem sido muito útil.
E por favor, mais carinho com eles!!! Finaliza Dra. Andréa Pires de Mello.
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