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Mitos e verdades sobre a convivência entre gatos e cachorros

O que realmente procede a respeito deste assunto?

Se existe um conflito muito comentado no reino animal, ele envolve os cachorros e os gatos, que pelo menos de acordo com as crenças populares não se dão bem, mas será que isso é verdade?

Mitos e verdades sobre a convivência entre gatos e cachorros

Você deve conhecer cachorros que já se estranharam com gatos, assim como casos em que os animais convivem em perfeita harmonia, sem apresentar qualquer sinal da dita rivalidade entre as espécies, o que dificulta ainda mais a resposta para essa pergunta.

Aprenda tudo o que precisa saber sobre o assunto e entenda, de uma vez por todas, como funciona a convivência entre esses animais domésticos tão amados!

Maiores mitos e verdades sobre a convivência de cães e gatos

De acordo com dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos no Brasil, e boa parte dos donos desses mais de 74 milhões de pets querem saber a verdade sobre como eles convivem!

Ambas espécies são predadoras: verdade

Tanto os gatos quanto os cachorros são criaturas predadoras. Via de regra, eles têm como instinto perseguir e caçar animais que são menores que eles. Essa influência nos cães está mais relacionada à sua raça, enquanto não há tanta variação com os gatos.

Geralmente, os felinos são mais vistos pelos cães como presas do que o oposto pelo seu tamanho, já que os gatos são, em sua maioria, menores que os cachorros. Por isso, quando um Terrier, grupo caçador, vê um pequeno gato, o instinto predador pode falar alto.

Isso também pode acontecer quando os gatos veem um cachorro de tamanho bem pequeno, como os toys (Chahuahua, Poodle, Lulu da Pomerânia e outros), embora seja uma situação relativamente rara.

Cães e gatos não reagem à chegada de um novo animal: mito

Graças à disputa territorial presente em ambas espécies, é bem provável que os animais se manifestem quando aparecer um novo pet no pedaço.

No caso dos gatos, eles podem rosnar e sibilar (barulho característico similar ao que fazem quando se assustam) ao ver um novo cachorro. Por outro lado, cães que percebem a presença de um novo felino podem latir e rosnar para esse animal.

Além disso, existe a chance de que ambas espécies comecem a fazer suas necessidades em lugares diferentes dos que estão acostumados ou foram ensinados como forma de marcar território e chamar a atenção de seus tutores.

Cães e gatos não podem conviver juntos: mito

No início, é bem provável que ambas espécies apresentem algum tipo de reação, seja na forma de barulhos ou mudanças comportamentais, mas na maioria das vezes isso pode ser contornado com paciência e perseverança.

Não é recomendável apenas deixar os dois animais no mesmo território sem supervisão e esperar pelo melhor, que pode ou não chegar: é mais seguro pegar leve para evitar aquele monte de pelos voando pela casa ou até mesmo lesões sérias causadas por possíveis brigas.

O ideal é ficar de olho nos dois animais e não deixar que eles tenham contato direto até o momento em que tiver certeza absoluta de que não haverá problemas para nenhuma das partes envolvidas.

Também é importante destacar que as reações dos pets podem se voltar para seus tutores, como na forma de mordidas e arranhões. Se achar melhor, use roupas compridas, o que pode ajudar a amenizar a dor em caso de possíveis ataques decorrentes do susto.

Deixar o novo animal em um cômodo separado pode ajudar: verdade

A prioridade deve ser do pet que já estava em casa. Portanto, assumindo que você tem um cachorro e trouxe um novo para o lar, o ideal é deixar o felino em um cômodo fechado, como em um quarto, ao menos nos primeiros dias, com o cachorro solto pela casa.

Ao fazer isso, mesmo sem que eles se vejam, ambos sentirão o cheiro e escutarão os barulhos do outro animal, o que os fará perceber que não estão sozinhos. Esse pode ser o primeiro passo para a socialização das espécies.

Se o pet agir com naturalidade e curiosidade, recompense-o com petiscos e agrados. Caso algum demonstre agressividade ou nervosismo, retire-o da situação e distraia suas emoções com um brinquedo para que ele volte a se comportar normalmente.

Animais jovens socializam melhor: verdade

De acordo com um estudo feito em 2008 pela Universidade de Tel Aviv (Israel) e publicado no periódico “Applied Animal Behaviour Science”, em que foram entrevistados quase 200 tutores que tinham tanto um gato quanto um cachorro, você provavelmente terá mais sucesso se os pets foram jovens.

Depois da entrevista, gravação e análise do comportamento dos animais, o professor Joseph Terkel e sua aluna Neta-Li Feuerstein, do Departamento de Zoologia, perceberam que em mais de 66% das casas, os animais apresentaram um relacionamento positivo quando os gatos foram introduzidos antes dos 6 meses de idade e os cachorros antes de completarem seu primeiro ano de vida.

Logo, ainda que essa não seja a regra, geralmente animais jovens conseguem se relacionar melhor com a chegada de um novo pet de outra espécie, provavelmente pelo fato de que seu comportamento territorialista ainda não é tão intenso.

A socialização costuma ser rápida: mito

Geralmente, para que os cães e gatos possam conviver normalmente, é preciso esperar por volta de 30 dias, período que pode ser ainda maior no caso de animais mais velhos, cuja adaptação tende a ser desacelerada.

Por isso, é fundamental que os tutores prestem muita atenção em seus pets, principalmente nos primeiros dias, em que as emoções tendem a estar à flor da pele.

Seja paciente com a socialização dos cães e gatos!

O processo pode ser um pouco trabalhoso, mas não é impossível. Aqueles vídeos virais em que cães e gatos brincam e se divertem como amigos de longa data mostram situações verdadeiras, as quais podem acontecer na sua casa com a dose certa de paciência.

Participe ativamente desse processo, introduza-os lentamente e dê preferência para o animal que tiver chegado primeiro. Além disso, da próxima vez que precisar comprar rações para cachorro ou para gato, escolha alguns petiscos para presenteá-los quando se comportarem bem. Assim, a convivência das duas espécies pode ser real, cheia de amor, carinho e diversão!

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Redação Rio Notícias

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