Justiça do Rio faz acordo com ‘doleiro dos doleiros” para devolução de R$ 1 Bilhão
Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF) o ‘doleiro dos doleiros’ Dario Messer se comprometeu a devolver aos cofres públicos um bilhão de reais. Réu em processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro por esquemas nacionais e transnacionais de lavagem de dinheiro e outros crimes, a Justiça Federal homologou acordo de delação premiada com Messer.
A força tarefa da Lava jato no estado do Rio de Janeiro avalia que o acordo, Homologado pelas 2ª e a 7ª Varas Federais Criminais do Rio, permitirá a coleta de provas para investigações em andamento. E de acordo com o MPF o acordo com Messer promove algo em escala inédita na Justiça Brasileira. Inclusive o combinado é que O ‘doleiro dos doleiros’ cumpra uma pena de até 18 amps e 9 meses de prisão, com progressão de regime prevista em lei.
Bens imóveis de alto padrão, obras de arte, patrimônio no Paraguai ligado a atividades agropecuárias e imobiliárias do ‘doleiro dos doleiros’: 1 bilhão a ser devolvido
Messer, ‘doleiro dos doleiros’ já depôs e tudo que informou foi juntado aos autos dos processos associados a três investigações, por exemplo:
- “Marakata”, nome dado a transações de dólar-cabo usado para lavar dinheiro em contrabando de esmeraldas;
- “Patrón”, refere-se organização transnacional de lavagem de dinheiro liderada por Messer no Paraguai.
- “Câmbio, desligo”, era o esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de US$ 1,6 bilhão a partir do Uruguai
O valor de R$ 1 Bilhão a ser devolvido incluem bens imóveis de alto padrão e valores no Brasil e no exterior. Além de obras de arte e um patrimônio no Paraguai ligado a atividades agropecuárias e imobiliárias do ‘doleiro dos doleiros’. Tais bens deverão fundamentar um pedido de cooperação com as autoridades paraguaias para sua partilha com o Brasil.
Dario Messer é velho conhecido da Polícia Federal, já que o doleiro vem sendo investigado há mais de 30 anos. Assim desde 1980, segundo a PF, o ‘doleiro dos doleiros’ aparecia em inquéritos como operador de personalidades. Era o então patrono da Escola de Samba Salgueiro, Waldomiro Paes Garcia, o Miro. Nas investigações do Mensalão, a Polícia Federal apontou o Dario Messer como o responsável por enviar US$ 1 bilhão de forma irregular para o exterior. E depositar o valor equivalente em reais em contas para integrantes do PT no Banco Rural. Também há 15 anos Comissão Parlamentar de Inquérito do Banestado descobriu uma movimentação de forma irregular de R$ 8 bilhões, entre 1996 e 2002 ligada ao doleiro. Dario também apareceu no caso Swissleaks como proprietário de uma offshore no Panamá. Messer foi indiciado em vários processos porém nunca foi preso