Como pode ser explicado o processo de envelhecimento?
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A incapacidade do corpo de se regenerar completamente ao longo do tempo faz com que pequenos eventos sejam adicionados que deterioram o corpo, o que leva a uma variedade de mudanças em todos os sistemas do corpo. Mas como pode ser explicado o processo de envelhecimento?
De fato, em primeiro lugar, é importante saber como detectar essas alterações para saber se são normais devido ao envelhecimento e em que medida elas indicam um problema de saúde que deve ser resolvido para evitar complicações.
A bursite no cotovelo, por exemplo, é uma condição que nem sempre está associada ao envelhecimento e, às vezes, pode ocorrer em meio vida devido a má postura no ambiente de trabalho.
Assim, é importante ter em mente que existem condições que aparecem antes do envelhecimento em si chegar.
Ao longo desse artigo, você aprenderá mais sobre como pode ser explicado o processo de envelhecimento.
Quando começamos a envelhecer?
O processo de envelhecimento realmente começa, a partir do momento em que somos concebidos, já que a partir desse momento uma série de mudanças constantes no corpo começam no nível celular e fisiológico, que cessam até o momento em que morremos.
No entanto, considera-se que por volta dos 30 anos de idade, em média, “envelhecemos mais rápido”, uma vez que ocorrem alterações mais acentuadas em termos de eficiência de vários órgãos e sistemas, bem como na capacidade regenerativa das células.
Uma das condições mais comuns que é, muitas vezes, ligada ao envelhecimento é a artrose. Contudo, a artrose pode ocorrer em qualquer idade e se deve a inúmeras causas. Se você ainda é novo e possui essa condição, é interessante saber se a artrose aposenta.
Como pode ser explicado o processo de envelhecimento?
Sistema nervoso
Estudos de imagem mostram reduções no tamanho do cérebro ao comparar o de um jovem com o de um idoso. Mas isso não significa necessariamente que os processos cognitivos (aprendizado, atenção, memória, entre outros) sejam significativamente diminuídos, uma vez que o cérebro tem muitas estratégias de compensação.
No nível celular, observa-se que os neurônios se tornam mais rígidos com a idade, o revestimento de mielina que acelera a transmissão dos impulsos nervosos é perdido, a capacidade de regeneração de outras estruturas que o compõem também é diminuída; os vasos sanguíneos se tornam mais rígidos, entre outros fenômenos que geralmente tornam a resposta de um idoso mais lenta.
Acontece também que a transmissão de impulsos do cérebro para o sistema nervoso periférico se torna mais lenta, afetando a velocidade das respostas motoras (movimento) e sensoriais (percepção do estímulo).
Coração
Este órgão muito importante também sofre mudanças com a idade: as paredes do coração e as válvulas (que regulam o fluxo de sangue) se tornam mais rígidas, assim como os vasos sanguíneos que transportam sangue de e para o coração.
As células que compõem o marcapasso cardíaco também sofrem alterações que podem levar a distúrbios da frequência cardíaca.
Sistema respiratório
À medida que você envelhece, ocorrem alterações na arquitetura da coluna vertebral que resultam em uma redução na capacidade dos pulmões de se expandirem dentro da caixa torácica.
Também acontece que a mobilização de secreções que ocorrem naturalmente pelo sistema respiratório é retardada, em particular, em pessoas idosas que passam muito tempo na cama, o que resulta no acúmulo dessas secreções, colocando-as em maior risco de desenvolver uma infecção ou outros problemas respiratórios.
Sistema digestivo e excretor
Uma das mudanças que ocorrem com o envelhecimento ocorre na boca: há uma menor produção de saliva que pode afetar a mastigação e a deglutição. Neste ponto, vale ressaltar que a perda de dentes “não é normal por causa do envelhecimento”, mas sim devido à falta de cuidados bucais ou aspectos nutricionais.
O fígado, por outro lado, perde a capacidade de metabolizar drogas, daí a importância de monitorar cuidadosamente os remédios prescritos para um idoso.
O trânsito intestinal também diminui, ainda mais se a pessoa realizar pouca atividade física e as vilosidades do intestino delgado se achatarem, o que torna a absorção de nutrientes menos eficiente.
A função renal também diminui, no entanto, naturalmente os rins podem funcionar muito bem até o final de nossas vidas, se não houver patologias presentes ou anteriores, ou trabalho extra (devido ao uso excessivo de medicamentos, consumo de algumas substâncias ou alimentos).
Sistema musculoesquelético
Ao nível do sistema musculoesquelético, muitas mudanças ocorrem: as fibras musculares diminuem de tamanho, os ossos perdem alguma força, as articulações perdem flexibilidade e há uma diminuição na altura devido a um encurtamento do tronco e da coluna vertebral, entre outras alterações.
No entanto, a cultura de falta de atividade física e nutrição adequada predispõe os idosos a desenvolver patologias como sarcopenia ou osteoporose e a um maior risco de quedas.
Neste ponto, vale a pena notar que, embora certas mudanças na capacidade física em idosos sejam esperadas (existem padrões para isso), os problemas acima mencionados “não são normais na velhice” e indicam a presença de um problema de saúde que deve ser abordado para não dar origem a complicações futuras.
Se uma pessoa possui dificuldade para andar ou dar um passo, por exemplo, independente da sua idade, é essencial conversar com um especialista em pé para verificar o melhor tratamento e, assim, aumentar a qualidade de vida do paciente em questão.
Conclusão
O envelhecimento é um processo natural e universal que envolve uma série de mudanças nos níveis celular, fisiológico e anatômico, e no qual o dano se acumula nos níveis molecular e celular que resulta em uma diminuição gradual das capacidades físicas e mentais (especialmente a partir dos 30 anos de idade), para um aumento do risco de doença e morte.
A importância de saber como os diferentes sistemas do corpo mudam com o envelhecimento reside no fato de que podemos detectar e tratar diferentes efeitos do tempo que não poderiam ser precisamente devido à idade, mas à presença de uma doença.
Além disso, independentemente da idade, é sempre possível fazer algo para recuperar, pelo menos até certo ponto, a saúde ou as funções do nosso corpo.