Aumento dos casos de erros em procedimentos estéticos preocupa dermatologistas
Especialista reforça que o cuidado na escolha do profissional responsável por executar um procedimento definitivo, a exemplo da depilação a laser, é imprescindível.
Os carros-chefes são a aplicação da famosa toxina botulínica (conhecida por meio de uma de suas principais marcas fabricantes, o Botox), o ácido hialurônico (aplicado em procedimentos de preenchimento facial) e também os tratamentos a laser para remoção de pelos. Segundo o relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), no Brasil, entre 2016 e 2020 a procura por procedimentos não cirúrgicos registrou um aumento de 24,1%. O mesmo estudo apresenta dados que revelam a expansão, em 19 estados do Brasil, da busca por intervenções estéticas realizadas por profissionais sem o devido preparo médico.
No caso da depilação a laser, os erros na realização do procedimento são registrados pelos próprios pacientes poucas semanas após a consulta e envolvem, principalmente, ocorrências de queimaduras graves na pele – panorama que passa a preocupar dermatologistas experientes. Para o Dr. Guilherme Szerman, que possui mais de 20 anos de atuação na área e atende centenas de pacientes nos consultórios da Clínica de Pele Dr. Szerman, é de suma importância que seja feita uma pesquisa aprofundada antes da escolha da clínica ou profissional responsável por qualquer tipo de intervenção estética – especialmente no caso de protocolos permanentes, como a depilação a laser.
“Para compreender o que pode dar errado na escolha dos componentes clínica e profissional, é necessário que os pacientes entendam como funciona o mecanismo do procedimento estético. No caso da depilação a laser, é necessário compreender que todos temos melanina na pele e nos pelos. Como o objetivo do laser é danificar o bulbo capilar através do calor, os pelos atuam como um pavio de pólvora que leva a energia desde a camada superficial da pele até a raiz do pelo, provocando a sua destruição. Ocorre que a melanina encontrada na pele (principalmente na morena e bronzeada), também atrai a radiação emitida pelo laser. Quanto mais melanina, mais calor fica retido na pele. Então é fundamental a calibragem correta do laser pelo médico, para que a energia emitida pelo aparelho se concentre principalmente nos pelos e não queime a pele ao redor. Quando o procedimento é realizado por profissionais não treinados para tal, naturalmente a consequência é uma queimadura na pele do paciente.”, afirma.
Outro aspecto relevante na escolha da clínica que realizará o protocolo envolve a seleção do tipo de aparelho que será utilizado. Há grandes diferenças nas tecnologias aplicadas no mercado e isso se reflete no resultado final.
“O Laser de diodo Light Sheer é um grande diferencial neste sentido. Além de ser mais específico pela atração da melanina dos pelos, oferece proteção extra à pele, com um sistema de resfriamento da ponteira de safira a menos 4 graus Celsius. Também possui um controle mais preciso no tempo de emissão da radiação, entregando lentamente a energia do laser na pele. Essa combinação faz com que seja o equipamento mais indicado para peles morenas, negras e bronzeadas. É nesse tipo de expertise que os pacientes precisam estar atentos.”, contextualiza Dr. Guilherme.
O médico dermatologista faz questão de assegurar que a depilação a laser tem benefícios muito claros e preventivos quando realizada por uma equipe, de fato, especializada. Os principais atrativos são: a eliminação dos pelos de forma definitiva, o tratamento da foliculite, de irritações percebidas após a depilação regular, e ainda a melhora do escurecimento da pele.
“Não se trata apenas de executar um procedimento estético, entende? Estamos falando de protocolos definitivos e preventivos, de autocuidado. Um erro pode ser decisivo em relação à autoestima dos pacientes. Por isso, as orientações médicas são componentes essenciais no processo e não podem ser ignoradas.”, encerra Dr. Szerman.