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A Depressão incapacita milhões mas segundo psicanalista Renata Bento há saída

A Pandemia do Coronavírus desestabilizou todo o planeta e colocou em pauta um problema que há pouco tempo atrás era negligenciado: a depressão. Mas que infelizmente ainda sofre com preconceito. Manter a saúde mental tem sido um grande desafio para muitos, principalmente devido a quarentena ou falta de condições financeiras e segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – a depressão seria a principal doença em 2020, previsão visionária. Estima-se hoje que, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades –  sofram com a depressão

– Avançamos em muitas direções, mas ainda existe um estigma social em torno dos transtornos mentais, inclusive, esse é um dos obstáculos para se iniciar um tratamento adequado. No pior dos casos, se não for tratada a tempo, a depressão pode até levar ao suicídio. Ainda há quem veja a depressão como coisa de gente fraca, e questiona: “mas a pessoa tem tudo, beleza, família, dinheiro, trabalho, como pode ter depressão?” Então eu lembro, é como qualquer outra doença, requer cuidado e tratamento – alerta a psicanalista RENATA BENTO Psicóloga .Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Membro da International Psychoanalytical Association – UK.Membro da Federación Psicoanalítica de América Latina – Fepal. 

O uso de álcool e drogas enfraquece emocionalmente ainda mais a pessoa, e pode camuflar a depressão

Os sintomas podem ser os mais diversos: irritabilidade, euforia, perda do sono, humor exaltado, angústia, excesso de atividades, sonolência, diminuição das atividades, perda do apetite, excesso de apetite, entre outros, enumera Renata também especialista em tratamento com familia: adultos e adolescentes. “Repare que os sintomas são os mais diversos, desde um estado que paralisa a pessoa até a euforia. A depressão rói a pessoa por dentro, e, aos poucos tira sua funcionalidade sem que se perceba” – alerta.

Segundo a Dra. Renata Bento a depressão traz angústia em busca de um sentido, porém na tentativa de expulsar essa angústia, algumas pessoas podem criar novos problemas, como por exemplo, o uso abusivo de álcool e drogas.

– O uso de substâncias anestesiadoras só tem um objetivo: aumentar a dose, porque enfraquece emocionalmente ainda mais a pessoa, e pode camuflar uma depressão de base, fazendo com que a depressão não seja tratada e as substâncias falsamente apaziguadoras – álcool e drogas –  passem a ser por seu excesso, o foco central – esclarece a Psicanalista

Atividade física regular a quem está deprimido  é um dos ‘remédios’. Corpo e mente não se separam

Mas há saídas. Renata Bento lembra que o acompanhamento psicológico é necessário em todos os tipos de depressão e em muitos casos, a medicação, com acompanhamento médico, além de atividade física regular. A médica esclarece que o  benefício da atividade física está no fato de o cérebro liberar neurotransmissores – endorfina, dopamina e serotonina – e estes ajudam a aliviar os sintomas da depressão.

– Pode parecer estranho recomendar atividade física a quem está deprimido e não consegue, por exemplo, sair de casa. Nesse caso, o início do acompanhamento psicológico e a medicação podem ajudar muito, na contenção dos sintomas, e no retorno da funcionabilidade da pessoa, incluindo o início, retorno ou manutenção do exercício físico. Atividade física regular é um dos ‘remédios’ para a depressão. Corpo e mente não se separam, lembrem-se disso – aconselha RENATA BENTO – Psicanalista – Psicóloga .Membro Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Membro da International Psychoanalytical Association – UK.Membro da Federación Psicoanalítica de América Latina – Fepal. Especialização em Psicologia clínica com criança PUC-RJ. Perita ad hoc do TJ/Rj – RJ. Assistente Técnica em processo judicial. Especialista em familia, adulto, adolescente.

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