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STAR TREK completa Meio século sem fronteiras

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Por: Aleph Bonn*

Setembro de 1966: estreava na rede NBC uma série que entraria para a história da TV e do cinema. Idealizada dois anos antes por Gene Roddenberry, Star Trek teve seu primeiro piloto rejeitado por ser considerado inteligente demais, e após algumas mudanças feitas o canal aprovou o tom mais leve e aventuresco dando sinal verde para a produção que duraria três temporadas.

Foi preciso uma geração para que a série encontrasse seu lugar e assim o sucesso com as reprises nos anos 70 garantiu que a franquia ganhasse o destaque que sempre mereceu. Durante aproximadamente 20 anos se consagrou com uma série animada que teve em 1973 e 1974, 10 longas metragens (seis deles com o elenco original e quatro com os tripulantes da Nova Geração), e quatro novas séries de TV que se estenderam até meados de 2005.

Em 2007 a Paramount Pictures decidiu que era hora de renovar a série e convidou os roteiristas Roberto Orci e Alex Kurtzman, e o diretor J. J. Abrahms para reinventar a franquia. Star Trek é uma releitura da origem de seus principais personagens, que, graças à acidental volta do vilão Nero e do velho Spock da série original (um presente aos fãs que puderam rever o ator Leonard Nimoy no papel que marcou sua carreira), resulta em uma linha temporal completamente diferente. O sucesso do primeiro filme dessa nova leva garantiu a seqüência Além da Escuridão. A fórmula que funcionou tão bem no primeiro, incomodou no seguinte por não apresentar algo novo e apenas repetir o que já foi feito para outro público. Porém a competência dos envolvidos, sobretudo do elenco, garantiu que em 2016, ano que a série comemora 50 anos, ganhasse uma terceira aventura nas telonas: Star Trek Sem fronteiras.

Sem a equipe responsável pelos dois primeiros filmes o roteiro ficou a cargo de Simon Pegg (que interpreta o engenheiro Montgomery Scott), fã da série e nerd de carteirinha. A trama, muito mais simples que as anteriores, lembra muito um episódio clássico e deve agradar os fãs mais saudosistas. O filme ainda presta belíssimas referências, e homenagens aos falecidos Leonard Nimoy e o jovem Anton Yelchin (que interpreta o navegador russo Pavel Chekov). Já a direção ficou a cargo de Justin Lin, responsável pelos últimos filmes da franquia Velozes e Furiosos. Lin com certeza deu mais gás nas cenas de ação e soube trabalhar bem em cima do roteiro de Simon Pegg. Mas falta ao novato o talento natural de J.J.

O filme recebeu boas críticas e não deve tardar para que um quarto filme seja anunciado. Antes disso, porém teremos a volta da série para a TV após mais de 10 anos. Discovery é o nome desse novo projeto, uma parceria entre a rede CBS e o canal de streaming Netflix e deve apresentar personagens totalmente novos, já que pela primeira vez veremos fatos anteriores aos mostradas na série clássica.

É seguro concluir que mesmo após meio século de vida, o futuro ainda reserva grandes planos para Star Trek. Nada mais justo para uma série que sempre se mostrou atemporal, esteve sempre disposta a quebrar paradigmas e preconceitos, e, a ir, como seu monólogo de abertura já dizia: “Audaciosamente aonde nenhum homem já mais esteve.” Parabéns. Vida longa e próspera.

*Aleph Bonn é publicitário e ‘Nerd de Carteirinha’

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