Mais da metade dos idosos no Brasil sofrem com a perda da dentição
O último levantamento sobre Saúde Bucal realizado no Brasil avaliou o Índice de Dentes Perdidos, Cariados e Obturados – CPOD. A avaliação classifica a saúde bucal de 0 a 32, sendo que, quanto maior esse número, pior está a condição da saúde bucal.
O resultado dessa análise foi de 27,53 em 7619 idosos com idade entre 65 a 74 anos, um resultado significativo que revela a precariedade da saúde bucal nessa faixa etária.
Desse total, 47,03% (3.583) já haviam perdido todos os seus dentes, 50,95% (3.882) apresentavam alguma perda dentária e somente 2,02% (154) possuíam todos os dentes saudáveis na boca. Uma solução para essas pessoas seria a realização de implantes dentários, ou a utilização de próteses fixas ou móveis para recuperar as funções bucais básicas, como a mastigação, melhorando significativamente sua qualidade de vida.
Reconstituir o sorriso significa cuidar da saúde como um todo, já que a falta de um ou mais dentes pode desenvolver disfunções na articulação temporo-mandibular, que acarretam em dores de cabeça e de ouvido.
A negligência com a saúde bucal ao longo da vida normalmente é a principal responsável por esses altos índices de falta de dentes e demais prejuízos para a saúde bucal na terceira idade. Isso porque no passado, o acesso aos serviços de saúde odontológica era realmente mais difícil e a extração dentária era mais comum do que o tratamento do dente lesionado.
Esse público só teve acesso às medidas preventivas de cárie coletivas quando já estavam na fase adulta da vida. A fluoretação das águas de abastecimento público, por exemplo, só foi implantada em 1974 e as pastas de dentes contendo flúor também só surgiram no mercado em 1984.
Informações sobre o Auxílio Brasil.