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Osteoporoso: atividade física é grande aliada no tratamento e prevenção

osteosporose

20 de outubro é comemorado o dia mundial da osteoporose. Doença do metabolismo ósseo, a osteoporose é sistêmica, ou seja, acomete todos os ossos e acarreta enfraquecimento com consequente fragilidade e suscetibilidade às fraturas. Ela é assintomática e, muitas vezes, o primeiro sinal é uma fratura que pode ocorrer nas vértebras, nos quadris e nos punhos. Segundo a OMS, até 2050 o número de pacientes com fratura de quadril devido à osteoporose deverá triplicar. No Brasil hoje já existem dez milhões de pacientes com a doença, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o que tem gerado alto impacto financeiro para o SUS. As mulheres são as maiores vítimas da osteoporose e, em algumas faixas etárias, a proporção é de 6 mulheres para cada homem.

Apesar de não existir cura para a osteoporose, há prevenção. Especialistas recomendam uma dieta alimentar balanceada, rica em cálcio, com alimentos como peixe, leite, couve, brócolis e feijão. Além desses cuidados, são essenciais a prática de exercícios físicos regulares e o banho de sol. “Existem algumas opções de tratamento, como a reposição hormonal, a suplementação do cálcio e os medicamentos que diminuem a absorção do cálcio, como os bifosfonatos. Porém, o consenso hoje é de que o melhor é realmente prevenir. Segundo a OMS, essa prevenção deve começar desde cedo com dieta rica em cálcio, atividade física regular e evitar hábitos como tabagismo, consumo de café e álcool em excesso”, indica o ortopedista Marcello Ganem Serrão, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia.

A atividade física aumenta a força muscular sobre os ossos, sendo um estímulo fundamental para a manutenção e o aumento da massa óssea. Os exercícios físicos devem ser realizados de forma regular três vezes por semana, com intervalo entre as sessões de 24 a 48 horas. É muito importante que esses exercícios sejam realizados com o paciente suportando o seu próprio peso, em função da força que os músculos exercem sobre os ossos da coluna e dos membros inferiores. A massa óssea é relacionada à ação da musculatura sobre o osso e, deste modo, exercícios gravitacionais são mais efetivos. Um programa ideal de atividade física deve ter exercícios aeróbios de baixo impacto, exercícios de fortalecimento muscular, a fim de diminuir a incidência de quedas. Os exercícios com pesos leves aumentam a massa muscular e a força dos músculos esqueléticos. Dr. Marcello lembra que a diminuição da força do quadríceps é um risco para ocorrência de fraturas do quadril.
“O benefício primário da atividade física é evitar a perda óssea que ocorre com a inatividade, o que de certa maneira pode reduzir o risco de fraturas. Entretanto, não pode ser recomendada como substituta do tratamento medicamentoso apropriado”, recomenda o médico.

O tratamento da osteoporose, de acordo com Serrão, começa por uma vida saudável. Outra dica do médico é estar atento à osteopenia (estágio pré-osteoporose), se cuidar e aumentar a ingestão de cálcio. O diagnóstico pode ser feito através de exames anuais, recomendados a partir dos 40 anos, que medem a altura. Esse método permite a detecção do início do processo de perda óssea, que deve ser comprovado por um exame específico: a densitometria óssea.

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Redação Rio Notícias

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