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“PACO E O TEMPO” UMA REFLEXÃO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

paco

O tempo e seus mistérios são o tema do premiado espetáculo do Gestopatas, que estreia dia 5 novembro, no Centro Cultural Justiça Federal

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crédito: Bruno Fochi

Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos”* como diz o poeta na canção, o tempo é a inspiração e o tema da peça “Paco e o tempo”, montagem do grupo Gestopatas, com texto da atriz Cecilia Ripoll, estreando como diretora e autora já premiada no III Concurso Jovens Dramaturgos 2013 do Sesc.

O tempo e seus mistérios – como passa, por que passa, por onde passa – movem o pequeno Paco numa jornada cheia de aventuras à procura de respostas. Em sua busca poética e divertida, o menino de 7 anos vai costurando laços afetivos diferentes dos que conhecia, conexões “num outro nível de vínculo”*.

“Tempo, tempo, tempo, tempo… Quando o tempo for propício”*

O propício tempo é neste final de ano, de 5 de novembro a 18 de dezembro, no Centro Cultural Justiça Federal, no Centro do Rio. A temporada inclui sábados e domingos, com exceção dos dias 26 de novembro e 10 de dezembro, com sessões sempre às 16h.

Em cena, estão os atores Tania Gollnick e Ademir de Souza. Bonecos, máscaras e formas animadas ilustram o caminho de Paco; um caminho cheio de dúvidas, compartilhado com cada espectador – criança, jovem, adulto ou idoso.

Inspiração
A ideia de falar sobre o tema surgiu em 2013, quando a atriz Cecília Ripoll fez uma substituição, às pressas, na peça “A cozinheira, o bebê e a dona do restaurante”, da Companhia do Gesto. Na época, com a intensidade dos ensaios Cecília teve a sensação de como tempo variava de acordo com a expectativa de cada um. De lá pra cá, ela começou a trabalhar a ideia. Em 2014, criou o grupo Gestopatas, com Tania Gollnick e Ademir de Souza.
Cecília dirigiu a primeira peça “Pareidolia – depois do fim”, que combinava várias linguagens, numa encenação em que as máscaras teatrais foram construídas a partir de objetos de uso cotidiano. A peça teve ensaio aberto em curta temporada no teatro Cacilda Becker. Agora, o grupo realiza o primeiro espetáculo “Paco e o tempo”, cujo texto foi premiado no III Concurso Jovens Dramaturgos 2013 do Sesc, e contou com grupo de jurados, entre eles, a dramaturga Renata Mizrahi, que também escreveu o prefácio de “Paco e o Tempo” para a edição promovida pela concurso.

“Paco e o tempo”, já teve uma montagem por alunos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no final do ano passado.

* Versos de Caetano Veloso em “Oração ao tempo”

Sinopse
O que é o tempo? O tempo está sempre passando? Por onde? Paco vive cheio de perguntas e curiosidades. Angustiado por estar sempre atrasado, nosso protagonista decide que precisa conhecer o tempo, e parte em uma jornada repleta de surpresas, perigos e novidades. Com humor e poesia, a encenação se utiliza de bonecos, máscaras e formas animadas para abordar as relações de afeto que vão sendo estabelecidas ao longo da saga do menino Paco.

O Grupo
Gestopatas são assim chamados por se saberem doentes/apaixonados pelo gesto. O grupo surgiu em meados de 2014, quando três atores da Companhia do Gesto decidiram formar um grupo de estudos regular sobre a gestualidade em cena e suas transversalidades. Desde então, a pesquisa vem ganhando diversas frentes de trabalho, originando projetos que envolvem espetáculos de teatro-dança, intervenção com máscaras teatrais, oficinas de teatro gestual, confecção e utilização de bonecos e formas animadas, entre outros. Todas as frentes de trabalho desenvolvidas pelo grupo têm como foco principal o estudo/desenvolvimento do gesto que, para o coletivo, é um conceito que se estende e se desdobra em diversos vieses artísticos, englobando desde espetáculos até confecção de elementos de cena produzidos artesanalmente. Algumas das premissas presentes em todos os trabalhos artísticos desenvolvidos pelo grupo são: jogo de improviso e humor; mímica; musicalidade; comunicação direta com seu público; aprimoramento de elementos visuais na cena; projetos viáveis e de fácil transportação; pesquisa de linguagem e primor pela precisão gestual.

Currículos

Cecília Ripoll
Formada em Licenciatura Plena em Artes Cênicas pela UNI-RIO. Diretora do grupo Gestopatas, dirigiu “Pareidolia – depois do fim” (2016) e dirige o infanto-juvenil “Paco e o tempo”, texto de sua autoria premiado pelo III Concurso Jovens Dramaturgos 2013 do Sesc. Trabalhou por dois anos no Circo Crescer e Viver como Assistente de Direção de Luis Igreja nos espetáculos: “Febril” (2014) e “Gira” (2015). Também assina a assistência de direção do grupo Manguinhos em Cena em: “Sintonia Suburbana” (2012) e “Fronteira” (2014), espetáculo em que também assina a direção de movimento. Como empresa representante do grupo Gestopatas, foi contemplada pelos editais: Cessão de Espaço Centro Coreográfico do Rio de Janeiro 2014; Viva o Talento! 2015 – Prefeitura do Rio; Cena Aberta Funarte 2016. Como atriz seus trabalhos mais recentes são: “A cozinheira, o bebê e a dona do restaurante” (Companhia do Gesto, direção Luis Igreja); “Enquanto o mundo acaba” (direção Joelson Gusson) e “O crocodilo” (Direção Helena Bittencourt, Cia Finzi Pasca-Itália). Recebeu, em 2013, o prêmio Jovens Dramaturgos do Sesc por sua obra “Paco e o Tempo”. Ministra oficinas de utilização de máscaras e foi professora de corpo ao longo de três anos do Grupo Manguinhos em Cena na Biblioteca Parque de Manguinhos.

Tania Gollnick
Atriz, palhaça e mascareira. É formada em Artes Cênicas pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Na Companhia do Gesto desde 2002, dedica-se à pesquisa do teatro gestual e da comicidade, compondo elenco de diversas montagens de teatro gestual do grupo: “A cozinheira, o bebê e a dona do restaurante, “A margem”, “Maria Eugênia” (indicada ao melhor atriz do prêmio Zilka Salaberry 2008), “Toska Prappúrdia, Cláun! Palhaços mudos” e “Procura-se Hugo”. Responsável pelo Atelier Ventos do Norte, confecciona máscaras para teatro, próteses para teatro, cinema e TV, e ministra oficinas de confecção e utilização de máscaras teatrais. Foi diretora e atriz no Projeto Cabaré do Porto em 2014 (Porto Maravilha, Prefeitura do Rio). Participou dos curtas-metragens “Ópera Bufa”, da Companhia do Gesto; “Lagoa” e “Lúcia e a mala”, de Valério Fonseca, “Toska e Zefa”, de Tania Gollnick e Andrea Neri, e “O que é o ator”, de Ricardo Chreem.

Ademir de Souza
Ator, palhaço, bonequeiro, aderecista e autodidata em Música, Ademir de Souza é formado pela Escola de Arte Dramática – EAD (ECA-USP). Vencedor do prêmio Zilka Salaberry de Melhor Ator 2008 com o espetáculo infantil de palhaços “Maria Eugênia”. Indicado para o prêmio CBTIJ como melhor ator em 2014 por “A cozinheira, o bebê e a dona do restaurante” (Companhia do Gesto, direção Luis Igreja), espetáculo no qual também assina o roteiro, adereços e confecção de instrumentos sonoros artesanais e originais. Integrou o núcleo carioca dos Doutores da Alegria durante quatro anos (2004 a 2008), e o projeto Clownspital (desde 2014), em que vem se aprimorando ainda mais na arte da palhaçaria e do improviso. Integra a Companhia do Gesto desde seu início em 1986, participando de várias montagens que tem como base técnica a linguagem do clown e do teatro gestual, como: “Os clauns” (1986); “A margem” (2006); “Maria Eugênia” (2008); “Procura-se Hugo” (2008) e “A cozinheira, o bebê e a dona do restaurante” (2012). Também como clown participou do filme “Corda bamba: história de uma menina equilibrista” (2012, de Eduardo Goldenstein). Dirigiu a intervenção hospitalar de palhaços no projeto #umaflorumsorriso (contemplado pelo Fomento 2015). Praticou Kung-Fu durante sete anos; estuda e pratica atualmente Tai-Chi-Chuan, Chi-Kung (técnica de treinamento e controle da energia vital) e mímica, utilizando-se dessas práticas como formas de treinamento corporal e suas possibilidades de expressão no teatro. Na TV Globo, integrou o núcleo “Malhação Sonhos” (2014 a 2015) vivendo o personagem Simplício, e fez participações em “Ti-ti-ti”, “Lara com Z”, “Amor eterno amor”, “Especial 50 anos de Didi”, “Guerra dos sexos”, “Avenida Brasil”, “ A teia” e “O caçador”. Vive personagem vovô Aristeu em “Teca na TV” (Canal Futura). Atualmente, integra o coletivo Gestopatas, participando do espetáculo de dança e multilinguagens “Pareidolia – Depois do fim”.

Ficha técnica
Texto e Direção: Cecilia Ripoll
Atuação: Ademir de Souza e Tania Gollnick
Manipulação de Formas Animadas: Jan Macedo
Cenário, Figurino e Adereços: Gabrielle Windmüller e Alberta Barro
Desenho de Luz: Pedro Struchiner
Trilha Sonora: Ademir de Souza
Visagismo, Criação e Confecção de Próteses e Máscaras: Tania Gollnick
Criação e Confecção de Bonecos: Ademir de Souza
Design Gráfico: Daniel Reis
Produção Musical: Antonio Paoli
Assessoria de Imprensa: Sheila Gomes
Olhar de Contribuição: Alice Ripoll
Produção Executiva: Mar Ferreira
Direção de Produção: André Roman
Idealização: Grupo Gestopatas (Ademir de Souza, Cecilia Ripoll e Tania Gollnick)
Realização: Grupo Gestopatas e AR Produções

Serviço

“Paco e o tempo”
Centro Cultural Justiça Federal
Av. Rio Branco, 241 – Centro – Tel.: 3261-2550
Sábados e domingos, de 5 de novembro a 18 de dezembro (menos nos dias 26 de novembro e 10 de dezembro)
Horário: 16h
Duração: 50 minutos
Capacidade: 142 lugares
Valor do ingresso: R$ 30 inteira / R$15 meia-entrada
Classificação etária: Livre

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Redação Rio Notícias

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