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Opinião: ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ é o segundo melhor filme da fase 4 da Marvel

A morte do ator Chadwick Boseman foi um verdadeiro choque para os amantes da cultura pop ao redor do mundo. Ele faleceu aos 43 anos, em agosto de 2020, devido a um câncer no cólon diagnosticado em 2016, doença nunca mencionada publicamente pelo mesmo. Diante disso, o diretor Ryan Coogler teve que reescrever completamente o roteiro da sequência, e se saiu bem nessa difícil tarefa.

O filme começa com a morte do rei T’Challa devido a uma doença desconhecida. Foi essa a solução da produção para a ausência de seu protagonista, de forma a homenagear o mesmo. A tradicional abertura da Marvel Studios foi substituída apenas por imagens de Chadwick, sem músicas épicas ao fundo. O sentimento de luto nos acompanha até o final da obra, inclusive com a emocionante cena pós-créditos. Sim, somente uma.

Foto: Divulgação / Marvel Studios

Avanço da história e novos personagens (spoilers):

Enquanto o poderoso país segue de luto e sem sua principal figura de proteção, o Pantera Negra, a nova rainha Ramonda precisa lidar com o imperialismo norte-americano. O Estados Unidos está interessado no vibranium após descobrir seu potencial, e conseguiram equipamentos de detecção do minério. Porém, ao contrário do que todos pensavam, o poderoso material não é uma exclusividade da biodiversidade de Wakanda. O novo reino de Talocan, governado por Namor, é apresentado por isso. Sua nação se encontra no fundo do mar, e é altamente desenvolvida.

Equipes de exploração estadunidenses acham vibranuim no fundo do mar, o que gera uma ameaça direta ao povo protegido por Namor, chamado de Ku’ku’lkán por seus aliados. Esse é o gancho para ele entrar em contato com as novas lideranças de Wakanda em busca de formar uma parceria contra esses invasores externos. Ambos, até então, eram nações isoladas, e só uma delas conhecida internacionalmente.

O príncipe dos mares do universo da Marvel é apresentado como uma espécie de anti-herói, e muda sua postura com o desenrolar da trama. Por ser um mutante, é o único habitante de Talocan que não tem cor azul, e consegue respirar dentro e fora da água. Os demais precisam de equipamentos para absorver oxigênio quando vão para superfície.

Sua origem é melhor explicada em um diálogo com a Shuri, e isso ocorre de maneira bastante orgânica mostrando flashbacks do passado. Ele estava na barriga da sua mãe, quando os habitantes de uma região do México extraíram e consumiram uma erva rica em vibranium para conseguir povoar as profundezas do oceano. Isso foi necessário após a comunidade ser invadida por colonizadores que levaram doenças para seus moradores, em especial a varíola.

Foto: Divulgação / Marvel Studios

Também conhecemos a Coração de Ferro, e ela é o estopim dessa história. Riri Williams é uma adolescente de 19 anos com um QI elevadíssimo. Foi ela quem desenvolveu o sistema capaz de detectar o vibranuim, na faculdade. Tecnologia foi adquirida pela CIA sem que ela soubesse. Shuri e a general Okoye vão de encontro à ela, nos Estados Unidos, com o objetivo de protege-la dos guardas de Namor. Elas descobrem que a garota tem outras tantas tecnologias, incluindo uma espécie de armadura do Homem de Ferro. Inclusive são mostradas diversas referências ao icônico herói interpretado por Robert Downey Jr, mas essas vou deixar para vocês perceberem.

Em Wakanda, Riri recebe da Shuri, com o avançar da história, uma armadura com uma elevada tecnologia. Ela é similar a do Tony Stark em design e cores. A personagem voltará em uma série da Disney +, em breve.

Foto: Divulgação / Marvel Studios

A dúvida de muitos era: quem vai seguir como Pantera Negra? E sim, é a Shuri. O prodígio em tecnologia demora para assumir essa responsabilidade, mas entende que é necessário após a morte de sua mãe, e até o momento rainha de Wakanda. Ela perdeu todos seus entes queridos: pai, mãe e irmão.

A nova governante da potência africana, conseguiu recriar a Erva Coração e fazer o tradicional ritual. Acessou seu plano espiritual e adquiriu suas aprimoradas habilidades, como super poder. Nessa cena em específico, reencontramos o Killmonger, interpretado por Michael B. Jordan. Um dos melhores vilões de todo o MCU.

Considerações finais:

É realmente um filme muito bom. Gostei da introdução de todos os novos personagem e da evolução daquele que já conhecíamos. Realmente não avança na trama do universo como um todo, apesar da duração da trama, mas é importantíssimo para o amadurecimento daqueles que podem ser, e provavelmente serão, importantes no futuro. Após ‘Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa’, a Marvel volta a acertar em cheio e dar esperanças para o futuro.

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Pedro Carvalho

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