Mercado reage a mudanças da Finep e oportuniza empregos para Analistas de Inovação

O Brasil vive um momento-chave no seu ecossistema de inovação. Com as recentes mudanças nas regras da Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal (FINEP), principal agência pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação do país, o cenário passou a exigir mais preparo técnico e estratégico das empresas que buscam recursos para projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Essa nova realidade tem refletido diretamente no mercado de trabalho, que tem se ressentido da falta de profissionais qualificados para traduzir ideias inovadoras em propostas elegíveis aos editais de fomento. Nesse contexto, a carreira de Analista de Inovação se torna uma das mais promissoras e estratégicas da atualidade.

Lilian Aliprandini, CEO da ACCETA Especialistas, comenta que o número de vagas abertas para esse perfil cresce diariamente, com salários que variam de R$ 4 mil a R$ 7 mil, podendo ultrapassar os R$ 20 mil em níveis mais altos de senioridade. “Estamos vendo um volume crescente de recursos disponíveis para inovação, mas com critérios cada vez mais rigorosos e técnicos. A falta de profissionais capazes de lidar com esses novos parâmetros trava a liberação dos recursos e, consequentemente, o avanço dos projetos e do crescimento do país”, explica.

As novas regras da Finep, que incluem a redução da participação da financiadora dos projetos e alterações nas condições de crédito, reforçam ainda mais a necessidade de profissionais atualizados e com visão estratégica. A exigência de mais contrapartidas por parte das empresas, por exemplo, aumenta a pressão por propostas bem estruturadas e com retorno claro. Esse movimento exige que os analistas saibam não apenas escrever bons projetos, mas também alinhar objetivos técnicos aos interesses econômicos e sociais de cada chamada pública.

Foi com base nessa demanda crescente que a ACCETA realizou, no fim de março, o curso “Analista de Inovação na Prática”. Voltado para profissionais de diversas áreas, o curso teve como objetivo formar talentos aptos a atuar com captação de recursos, incentivos fiscais e políticas públicas voltadas à inovação. Em dois dias de imersão, os participantes vivenciaram desde a estruturação técnica de projetos até a aplicação prática, com o uso de ferramentas de inteligência artificial, como o software AccetaAnalytics. “O curso foi um sucesso! Tivemos alunos das áreas de Engenharia, Direito, Contabilidade e Jornalismo. Isso mostra como a inovação não é exclusiva de um único setor, mas transversal a várias áreas”, comenta Lilian.

Com forte foco na prática, mentorias e simulações reais, a formação atraiu também pessoas em transição de carreira, o que evidenciou o potencial dessa área para quem busca novos caminhos profissionais. A boa notícia é que novas turmas já estão sendo programadas. “Este é o momento ideal para quem quer entrar nesse mercado. As empresas estão buscando profissionais que entendam de inovação, captação, leis de incentivo e consigam entregar projetos com consistência. Quem se qualificar agora vai sair na frente!”, afirma Lilian.

Mais do que uma tendência, a formação de Analistas de Inovação é, hoje, uma necessidade urgente para empresas e instituições que desejam acessar os recursos públicos disponíveis e contribuir para o avanço tecnológico do país. Em um cenário de alta competitividade e mudanças ágeis, quem investe corretamente na carreira e na formação está construindo um futuro sólido em um dos mercados mais estratégicos do país.