Infecção urinária: efeito colateral da pandemia
Isolamento provoca menor consumo de água e aumenta número de casos, principalmente entre mulheres
Além de todo medo e transtorno que traz o Coronavírus também pode provocar “doenças colaterais” causadas pelo isolamento mais do que necessário. Uma delas é a infecção urinária, que tem atingido muitas mulheres nos últimos tempos, como explica o urologista José Alexandre.
“Muitas mulheres têm me procurado para teleconsultas com casos de infecção urinária. Isso acontece, entre outros motivos, porque o isolamento social acaba fazendo com que bebam menos água, criando condições para que o problema apareça. O isolamento social muda nossos hábitos e o repouso extra reduz a sensação de sede. Mas precisamos nos manter corretamente hidratados para prevenir não só a infecção urinária, mas outros males, como os cálculos renais, por exemplo”, explica o médico, ele mesmo já recuperado depois de ser contaminado pelo vírus.
Vários estudos mostram que o maior consumo de água está associado à menor incidência de infecção urinária, principalmente em mulheres jovens. O consumo de água é um forte aliado no combate à infecção urinária e auxilia na prevenção da recorrência de cistite em mulheres jovens, além de ser um método mais barato do que o uso de antibióticos para conter a cistite.