Depressão ou tristeza, você sabe diferenciar?
Quem de vez em quando não fica triste, desanimado e até achando que nada vai dar certo? É normal, porém o grande problema é quando não há uma causa para este sentimento, ele começa a virar uma ansiedade e até promove efeitos no organismo. Muitas pessoas usam o termo ‘Depressão’ de forma banal, mas não é bem assim, há que saber diferenciar.
– Tristeza tem uma causa, é desencadeada por uma perda, seja de um emprego, de um filho, de uma transação comercial, de um amor etc. Mas há a ansiedade que é uma sensação de receio e apreensão, sem causa evidente com taquicardia, sudorese, medo de morrer, de ficar louco, de perder o autocontrole, de ficar sozinho. Já na depressão o indivíduo perde a capacidade de experimentar o prazer, tem dificuldades para fazer as coisas triviais – explica a Psiquiatra Mara Pereira Nunes.
Conforme o grau da Depressão o paciente tem sentimentos de culpa e de fracasso. Muitos dizem que sentem um vazio, mesmo quando as coisas estão bem. “há relatos em que a pessoa diz sentir-se preso e tenta o suicídio, sem causa específica” – conta a Dra. Mara
Por ser uma condição debilitante é fundamental procurar ajuda de um psiquiatra, que irá acompanhar o caso e de acordo com a situação prescrever o uso de antidepressivos ansiolíticos e psicoterapia, como lembra a médica. No entanto a colaboração e compreensão de amigos e familiares e muito importante. Situações traumáticas como mortes e perdas financeiras podem desencadear a doença e quem está em volta cobra a recuperação.
– Muitas vezes a família e os amigos não entendem a doença. Acham que é preguiça ou falta do que fazer e que a pessoa tem que sair do quadro depressivo por ele mesmo. Mas o paciente precisa de ajuda – diz a Dra. Mara.
E no momento atual crianças e jovens sofrem de depressão devido à pressão pessoal, de colegas e da própria família para que atinjam objetivos esperados por todos, o mais rapidamente possível, “exigindo o tempo e a paciência que eles não querem ofertar. Isto ocasiona frustração e ansiedade” – observa Mara Pereira Nunes. Num mundo digital o isolamento é grande.
– Por conta do tempo que ficam frente ao computador e aos videogames, sem nenhum contato social elas tornam-se exclusivistas e assim as novas mídias contribuem para a depressão pela cobrança de uma felicidade e sucesso permanentes, o que não acontece na realidade – analisa a Psiquiatra.
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Dra. Mara Pereira Nunes – Psiquiatra
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