Automedicação: uma bomba dentro de seu corpo!
No trabalho, em casa, na rua, a cena é comum. Alguém sente um dor ou um desconforto e logo aparece quem ‘oriente’: “toma o remedinho tal que melhora!”. O problema é que a grande maioria da população não tem a menor ideia que Interações medicamentosas podem agir de forma independente ou interagir entre si, podendo diminuir ou aumentar o efeito terapêutico ou tóxico, como explica a Farmacêutica Simone Machado Louro.
– A automedicação pode mascarar diagnósticos na fase inicial da doença. Por exemplo: o uso indiscriminado de antibióticos pode facilitar o aparecimento de micro organismos resistentes, os anti-inflamatórios podem provocar contração dos vasos sanguíneos, gastrite, lesão intestinal e úlceras – alerta a experiente profissional do estado do Rio.
Seja por falta de dinheiro, dificuldade de acesso a médicos e a órgãos de saúde ou o hábito de dar atenção à ‘dicas’, nada justifica a automedicação. Para Simone Louro a facilidade em adquirir medicamentos, sem receita médica, é uma realidade, “Há venda livre de Analgésicos, antialérgicos e anticoncepcionais que até apresentam relativa eficácia, porém não tratam a origem do problema” – explica a também pós-graduada.
Hoje a venda é controlada para certos medicamentos, com a retenção de receita, mas outras classes de medicamentos estão dispostas nas farmácias, como verdadeiros ‘shoppings’, a venda sem controle. É neste ponto que a participação do farmacêutico e importante, informando quanto aos riscos, ressaltando que o cliente procure pelo médico e não pelo medicamento.
– Nosso trabalho é vital, mas, também tem que haver mais campanhas de conscientização através dos serviços de saúde e veículos de comunicação. E na outra ponta, a farmácia deve garantir a prescrição adequada, evitando a automedicação e garantindo o uso seguro – sugere a Farmacêutica.
Dúvidas: Simone Machado Louro
CRF:17878-RJ – slouro2008@hotmail. com