Melhor ou pior essa mudança?
Jardim Gramacho, você já escutou falar? Sabe onde fica? Pois é, você e muitos nunca ouviram falar. É um bairro no município de Duque de Caxias, no Estado do rio de Janeiro.
Neste lugar durante 35 anos funcionou o maior aterro Sanitário da América Latina. O bairro que possui cerca de 20 mil habitantes, onde 50% tinha a rotina de separar e vender as toneladas de resíduos que chegavam dos municípios da região metropolitana do Rio, com isso, sendo a principal fonte de renda.
Em abril de 2012, devido ao mal estado de conservação do solo, o Prefeito do Rio de Janeiro, vendo as rachaduras encontradas no local, trazendo risco aos usuários e poluição para a Baia de Guanabara, tomou a decisão de fechar o lixão. A partir daí o aterro Sanitário passou para Seropédica.
A renda de um catador menos experiente é de R$680 reais, mas o mais experiente consegue superar R$1mil por mês. Sustentando assim, sua família e contribuindo para o comercio local.
Apesar da degradação do local, o bairro tem vários bares, supermercados e lojas. Mas, mesmo assim, medo do desemprego dos catadores é imensa. As promessas de mudanças, tornaram o maior medo dos catadores, onde eles aproveitaram das oportunidades oferecidas como, inclusão em programas sociais e capacitação profissional porque quando foi fechado o lixão eles entraram nas cooperativas recebendo coleta seletiva.
Agora vem a Politica, por que a falta de trabalho pode virar criminalidade. Falta de trabalho? Sim, isso mesmo, a coleta seletiva não foi implantada. Precisa da liberação de verbas e os catadores precisam estar cadastrados e terem documentos em dia.
Vamos pensar nos prós e contras, porque o fechamento que já foi tentado inúmeras vezes sem sucesso, por causa do local e dos graves problemas para os empregados, como citei a cima, foi feita a proposta de outro aterro mais moderno em Seropédica e administrado por uma empresa privada. Mas o novo local também apresenta riscos ambientais, se não for corretamente fiscalizado, pois está sobre um grande manancial de águas subterrâneas. Agora resta ficarmos de olho.
Yve Franco