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Comemorando 40 anos, Museu Casa do Pontal inaugura exposição itinerante em Duque de Caxias

paudearara

Instituição localizada no Recreio dos Bandeirantes expõe “Fluxos e Migrações” na Biblioteca Municipal Leonel de Moura Brizola até abril

Como parte das comemorações do aniversário de 40 anos do Museu Casa do Pontal foi inaugurada a exposição itinerante “Fluxos e Migrações”, na Biblioteca Municipal Leonel de Moura Brizola (Praça do Pacificador, S/Nº), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A exposição fica em cartaz até 24 de abril de 2016, de segunda a sexta-feira, de 10h às 19h. E aos finais de semana mediante agendamento diretamente com a Biblioteca por meio do telefone (21) 2672-3155. A entrada é franca.

O Museu Casa do Pontal, localizado no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, é o maior acervo de arte popular brasileira do país. E isso só foi possível graças ao trabalho de Jacques Van de Beuque – um imigrante francês que chegou ao Brasil, em 1946, como refugiado da Segunda Guerra Mundial.

A exposição aborda o tema da migração no Brasil e no exterior – fenômeno complexo, relacionado com diferentes causas e estímulos que está em foco nos noticiários atualmente. Ao longo da exposição são apresentadas as etapas pelas quais o imigrante passa de seu ponto de origem até seu destino, no qual ele tem que se adaptar à nova realidade.

Mais de 40 obras do acervo permanente da instituição estarão na exposição itinerante em Duque de Caxias. Entre elas, obras dos artistas pernambucanos Mestre Vitalino, Manuel Vitalino, Zé Rodrigues, Manuel Eudócio e Amaro Rodrigues. Peças de artistas de São Paulo, Alagoas, Minas Gerais e Rio de Janeiro completam a mostra.

Ação faz parte do Programa Educacional do Museu Casa do Pontal

Desde sua criação, há exatos 20 anos, o Programa Educacional do Museu Casa do Pontal já atendeu mais de 230.000 participantes. Ele é composto por três linhas de atuação: visitas-teatralizadas, exposições itinerantes educativas e capacitação de educadores e gestores socioculturais.

Realizadas, anualmente, em centros culturais e bibliotecas públicas em diferentes bairros do Rio de Janeiro e municípios da Baixada Fluminense, as exposições itinerantes propiciam o acesso ao acervo aos múltiplos segmentos sociais do estado do Rio de Janeiro.

Em algumas localidades essa atividade atende comunidades que nunca tiveram acesso a museus. As exposições possibilitam que obras originais saiam dos circuitos museológicos para a periferia, atingindo com a mesma qualidade expositiva um público que dificilmente teria acesso a mostras desse gênero.

A última exposição realizada, “A Vida das Ruas” – que ocorreu, entre 2013 e 2014, em seis localidades diferentes – atraiu milhares de expectadores.

Sobre Jacques Van de Beuque

Nascido em Bavay, no norte da França, em 1922, cursou Belas Artes em Valenciennes e Lyon, dedicando-se aos estudos até o início da II Guerra Mundial, quando passou a militar com outros jovens a favor da resistência francesa. Em decorrência disso, foi preso diversas vezes, sendo enviado para os campos de trabalhos forçados em Kiel, na Alemanha, onde permaneceu por quase dois anos. Em 20 de abril de 1944, alguns meses antes do final da guerra, Jacques conseguiu fugir da prisão.

Alguns anos depois, em Paris, conhece o pintor brasileiro Cândido Portinari. Ficam amigos, conversam sobre seus respectivos sonhos e a vontade que Jacques tinha de deixar a Europa para esquecer os terríveis anos da guerra.  Portinari então sugere que vá para o Brasil, em especial o Rio de Janeiro. Com as informações de ser um local lindo, com sol, cores e pessoas receptivas, Jacques embarca para o Brasil.

Na época, na França, o Brasil repercute como o país onde não há segregação racial. Para quem experimentou as dores nascidas da intolerância à diferença, esse parece ser mesmo o melhor destino. Desde sua chegada, Van de Beuque apaixona-se pelos objetos feitos pelas pessoas simples do povo. Começa então a viajar e adquirir obras, visita vilas e povoados, entrevista artistas e deixa-se cativar por suas vidas. Desenvolve com alguns artistas longas amizades. Ao cabo de quarenta anos constitui o mais consistente acervo da arte popular produzida na última metade do século XX.

Sobre o Museu Casa do Pontal

Considerado pelos turistas que vieram ao Brasil durante a Copa das Confederações como um dos principais museus do país, segundo pesquisa da Embratur, ele reúne o maior acervo de arte popular brasileira do país. Seu acervo, tombado pela Prefeitura do Rio como referência cultural da cidade, é composto por peças produzidas a partir do século XX.

O Museu Casa do Pontal foi escolhido, em 2014, para representar o Brasil no Comitê para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco, que avalia as candidaturas a Patrimônio Imaterial da Humanidade, título recebido recentemente pela Roda de Capoeira brasileira.

Admirado por personalidades estrangeiras como o escritor José Saramago, aplaudido por brasileiros como o músico Gilberto Gil e pela futebolista Marta, reconhecido como Patrimônio Artístico e Cultural do Rio de Janeiro, o Museu Casa do Pontal é fundamental nos roteiros cariocas.  Definitivamente um passeio completo, deslumbrante e imperdível para adultos e crianças.

Localizado em um sítio ecológico, de 5.000 m², o espaço reúne 8.500 peças de formas, materiais e estilos diferentes de autoria de mais de 300 artistas, de 24 estados do país. São quilômetros de histórias e costumes do povo brasileiro, resultado de quarenta anos de pesquisas e viagens pelo Brasil do designer francês Jacques Van de Beuque, dono de um acervo riquíssimo que recobre a produção de arte popular a partir do século XX.

Atualmente, o Museu conta com o patrocínio institucional do Ministério da Cultura, do Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, da Petrobras, do IRB Brasil Re, investimento financeiro do BNDES, parceria institucional do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e da UNESCO e patrocínio do projeto educação patrimonial da Caixa Econômica Federal. A exposição itinerante conta com o apoio da Prefeitura de Duque de Caxias através de sua Secretaria de Cultura.

SERVIÇO EXPOSIÇÃO ITINERANTE
Exposição itinerante “Fluxos e Migrações”
Abertura: 23 de março, às 18h
Período de visitação: até 24 de abril. De segunda a sexta-feira, de 10h às 19h. E aos finais de semana mediante agendamento.
Local: Biblioteca Municipal Leonel de Moura Brizola – Praça do Pacificador, S/Nº, Duque de Caxias, RJ.
Entrada Franca.

SERVIÇO EXPOSIÇÃO PERMANENTE E TEMPORÁRIA

Museu Casa do Pontal
Estrada do Pontal, 3295, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro – RJ.
Telefones: 24904013, 2490-2429.
Terça a sexta, de 9h30 às 17h. Sábado, domingos e feriados, das 10h30 às 18h.
Grátis (para instalação no jardim) e R$ 12 (inteira). Entrada franca para brasileiros às terças-feiras de 2016. Mais informações: www.museucasadopontal.com.br.

Entrada franca para toda a força de trabalho acompanhada por mais uma pessoa das empresas Petrobras, IRB Brasil RE e CAIXA, através da apresentação do crachá funcional. Desconto de 50% do valor da entrada para os clientes do cartão Petrobras com o cartão.

 

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Redação Rio Notícias

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