Fundação Santa Cabrini no combate ao Coronavírus
A mão de obra prisional da Fundação Santa Cabrini se tornou um importante aliado no combate ao novo coronavírus no Estado do Rio de Janeiro. Além da produção de milhares de máscaras por presos da Penitenciária Talavera Bruce, os apenados do ‘Replantando Vida’, programa socioambiental da Cedae em parceria com a Santa Cabrini, estão
realizando o trabalho de sanitização em todos os prédios da empresa estatal.
O serviço de sanitização de ambientes é realizado diariamente, conduzido por técnicos da Cedae e apenados devidamente capacitados. Os envolvidos utilizam equipamentos de proteção individual (EPIs) e nebulizador a frio para borrifar produto com efeito desinfetante em todas as instalações da Cedae no estado do Rio de Janeiro.
A sanitização está sendo realizada através do método de atomização de Quaternário de Amônio de 5ª geração, produto de ação virucida, bactericida e fungicida, que é inodoro, com baixa toxidade, e sem poder de corrosão. O produto age como uma película que mata os micro-organismos do local e forma uma camada protetora que mantém a superfície desinfetada por vários dias, dependendo da ação externa e circulação de pessoas.
Ao todo, dez gerenciados foram capacitados com profissionais de referência na área biológica para desenvolverem esta atividade. Os apenados recebem remuneração pelo serviço prestado (salário mínimo nacional), auxílio para transporte e alimentação, e ainda o benefício de redução de um dia de pena a cada três dias trabalhados.
O presidente da Fundação Santa Cabrini, Darcy Luiz Azevedo, ressaltou a parceria de sucesso entre a instituição com a Cedae também no combate a pandemia do novo coronavírus.
– O trabalho e a capacitação são pontos importantes no processo de ressocialização e contribuindo para evitar a propagação do vírus. É importante ressaltar que essa ação já foi desenvolvida em países que enfrentaram, com sucesso, a epidemia do coronavírus. Com esta técnica, realizamos a desinfecção em ambientes externos e internos – disse o presidente.
Além da limpeza contra a covid-19, os apenados que trabalham em cumprimento de pena atuam em setores administrativos, operacionais, serviços de copa, limpeza e conservação de prédios, produção de uniformes e recuperação ambiental dos mananciais hídricos do Rio de Janeiro.
O coordenador do Replantando Vida, Alcione Duarte, acredita cada vez mais no programa de ressocialização de presos e ressaltou a importância dessa ação ao combate ao vírus.
– Nestes quase 20 anos em que a Cedae trabalha com a mão de obra prisional, vários foram os desafios que estes homens e mulheres ajudaram a superar e neste momento de pandemia não poderia ser diferente. A dedicação e profissionalismo demonstrado por eles reafirma que a Cedae está no caminho certo, acreditando no sonho destas pessoas de escreverem
uma biografia mais digna – explicou.