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Exposição internacional com realidade virtual

Exposição internacional com realidade virtual, idealizada pelo canadense Robert Lepage, revela o lado mítico e filosófico das bibliotecas no Sesc Copacabana

Até 26 de janeiro de 2020, exposição imersiva “A Biblioteca à Noite” ocupa o pátio do Sesc Copacabana. Trabalho é inspirado no livro de mesmo nome do escritor argentino Alberto Manguel

RIO DE JANEIRO – Até 26 de janeiro de 2020, o Sesc Copacabana recebe “A Biblioteca à Noite”, exposição imersiva imaginada e realizada pelo diretor canadense Robert Lepage e a Companhia Ex Machina, e inspirada no livro de mesmo nome do escritor argentino Alberto Manguel. Com entrada gratuita, a visitação será somente mediante agendamento prévio pelo site https://abibliotecaanoite.sescrio.org.br/agendamento-online/.

A exposição oferece aos visitantes uma experiência ao mesmo tempo cenográfica e virtual, seguindo um roteiro de 10 bibliotecas, reais ou imaginárias. É um convite a uma viagem de Sarajevo até a Cidade do México, passando pela mítica biblioteca de Alexandria até o fundo dos mares a bordo do Nautilus, das “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne. Além disso, os visitantes poderão, até janeiro, participar de seminários e outras ações integradoras, como shows e saraus poéticos, espetáculos teatrais, oficinas e feiras de troca de livros.

O primeiro espaço é uma reprodução da biblioteca francesa do próprio Alberto Manguel, permitindo que o público adentre em seu universo enquanto se aclimata à relativa escuridão que caracteriza a exposição. A segunda sala, a floresta, é o coração da experiência cenográfica. Ao percorrer o local repleto de árvores, o visitante contrasta o espaço com a ordem e o rigor que caracterizam as bibliotecas. Neste local, usando óculos de vídeo tridimensional, o público é transportado para uma realidade virtual, explorando a tecnologia de imersão conhecida como 3D 360 ° VR.

MANGUEL, O ESCRITOR

Nascido em Buenos Aires no ano de 1948, o escritor Alberto Manguel viveu em Israel e no Taiti até se mudar para Toronto nos anos 1980, onde se tornou cidadão canadense. Atualmente, Manguel é diretor da Biblioteca Nacional da Argentina, cargo ocupado anteriormente por Jorge Luis Borges. No livro “A Biblioteca à Noite”, o autor discute as dimensões filosóficas, lógicas, arquitetônicas ou sociais que fundamentam a existência de qualquer biblioteca.

“Como a memória, uma biblioteca funciona de maneira diferente à noite. Durante o dia, você tem a sensação que cada título é oferecido a você com equidade, democraticamente. Mas à noite, alguns volumes desaparecem enquanto outros se afirmam no halo de sua luz.” (Alberto Manguel)


LEPAGE, O CENÓGRAFO MULTIARTISTA

Robert Lepage é artista multimídia e encenador premiado, fundador da Ex Machina, companhia de produção multidisciplinar com quem realiza espetáculos teatrais, óperas, vídeos, filmes e projetos expositivos. Com a companhia, concebeu a exposição “A Biblioteca à Noite” em 2016, para celebrar o 10º aniversário da Biblioteca e Arquivos Nacionais de Quebec em janeiro de 2016. Em 2017, o trabalho é exibido na Biblioteca Nacional da França.  Depois de passar por Moscou, Nantes, Tarbes e São Paulo, no Sesc Avenida Paulista, a exposição chega ao Rio de Janeiro.

LISTA DAS BIBLIOTECAS DA EXPOSIÇÃO

VÍDEOS

https://www.youtube.com/watch?v=Kv-7X75vewk
https://www.youtube.com/watch?v=bidj-MevdOs

BIBLIOTECA DA ABADIA DE ADMONT – ÁUSTRIA

Maior biblioteca monástica do mundo, construída no Iluminismo. Nos quatro cantos da sala, esculturas batizadas de As quatro últimas coisas encarnam a Morte, o Juízo Final, o Inferno e o Paraíso, reforçando a ideia manter o homem com os pés no chão e lembrá-lo de sua incontestável condição de mero mortal.

A biblioteca é dividida em três partes. Em um dos extremos, guarda a literatura sobre ciência e, no outro, os tratados de filosofia. No centro estão as bíblias, árbitros supremos de todas as questões que confrontam o homem.

TEMPLO DE HASE-DERA

Situado nas alturas de Kamakura no Japão, onde os monges copistas começam a registrar as palavras de Buda, a fim de garantir sua sustentabilidade.

No século XVI, no início da era Edo, a vasta maioria da população japonesa não sabia ler nem escrever e para assegurar a transmissão do saber religioso os monges criaram o rinzo, uma imensa prateleira giratória que desencadeia o tilintar de sinos que são fixados a ela. Esses sons tem como objetivo espantar os maus espíritos que assombram a biblioteca.

BIBLIOTECA DE NAUTILUS

Quando jovem, Alberto Manguel lia Julio Verne “por causa das extraordinárias ilustrações”.  Já adulto, o autor parece ser um prisioneiro de boa vontade, enfeitiçado pelo romance “Vinte Mil Léguas Submarinas”, como Aronnax, prisioneiro do Nautilus, é fascinado pelo esplendor da biblioteca do capitão Nemo, que contém 12 000 obras de ciência, moral, literatura, escritas em uma multiplicidade de línguas.

BIBLIOTECA NACIONAL DE SARAJEVO

Construída no final do século XIX em estilo arquitetônico neomourisco, a biblioteca era, originalmente, a prefeitura de Sarajevo. Sua quase total destruição em 1992, durante o cerco de Sarajevo, foi um acontecimento marcante da guerra civil, que durou até 1995.

BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA

A mítica Biblioteca de Alexandria, que é considerada a mãe de todas as bibliotecas e nasce da vontade dos primeiros faraós ptolomaicos de reunir todo o conhecimento existente, reunindo uma soma de textos que lhe permitem reinar sobre o mundo de sua época. Já a nova biblioteca de Alexandria, inaugurada em 2002, é a reencarnação contemporânea da biblioteca mítica, erguida no lugar supostamente ocupado pelo primeiro prédio.

BIBLIOTECA DE VASCONCELOS – CIDADE DO MÉXICO

Construída em um leito de um lago seco no vale do México, a biblioteca pode primeiramente ser vista como uma enorme arca moderna onde livros, prateleiras e conhecimento flutuam no espaço, e à qual as pessoas podem se agarrar em caso de terremoto ou dilúvio, afastando as ameaças sísmicas que atormentam a região.

BIBLIOTECA DA UNIVERSIDADE DE COPENHAGUE

Construída em 1855, na grande época da arquitetura neogótica, a Biblioteca de Ciências Sociais da Universidade de Copenhague, hoje em dia, tem apenas um valor patrimonial. Sua utilidade atual é estética e acústica, se tornando, em suma, uma biblioteca embalsamada. Seus livros não estão classificados nem listados e, portanto, não podem ser consultados. É uma biblioteca de uma época passada, composta de livros perdidos em prateleiras, sem endereço, que são chamados de livros mortos.

BIBLIOTECA DO PARLAMENTO DE OTTAWA

A Biblioteca do Parlamento, em Ottawa, ostenta orgulhosamente seu estilo vitoriano. Um lugar magnífico, mas austero, consistindo essencialmente de documentos legais. A presença predominante de uma estátua da rainha Vitória contribui para sua solenidade.

A BIBLIOTECA DE SAINTE-GENEVIÈVE – PARIS

A construção da Biblioteca Sainte-Geneviève foi confiada ao audacioso arquiteto Henry Labrouste. Na época de sua inauguração, em meados do século XIX, o edifício foi testemunha de vários avanços tecnológicos, como o início do uso de elementos estruturais em ferro fundido. Mas o mais importante deles foi certamente a introdução da iluminação a gás, que permitiu estender o horário de funcionamento da biblioteca para bem além do que era permitido pela luz natural do sol.

BIBLIOTECA DO CONGRESSO AMERICANO – WASHINGTON

A cidade de Washington se estende em uma vista 360 graus em torno do visitante através das janelas circulares da cúpula da Biblioteca do Congresso. Como em uma estrutura panóptica, cada leitor está potencialmente sob o olhar do bibliotecário chefe, no coração da sala de leitura, fixado em sua torre central.


A Biblioteca à Noite |The Library at Night

Exposição concebida e realizada pela companhia Ex Machina para celebrar o décimo aniversário da Grande Biblioteca, baseada numa ideia original da Biblioteca e Arquivos nacionais do Quebec. 
The Library at Night was designed and produced by Ex Machina to celebrate the Grande Bibliothèque’s 10thanniversary, based on an original idea by Bibliothèque et Archives Nationales du Québec.

Direção | Director Robert Lepage

Coconcepção e Direção de Criação | Co-designer and Creative Director Steve Blanchet

Autoria e Coconcepção | Author and Co-designer Alberto Manguel

Cenografia | Set Designer Marie-Renée Bourget Harvey, com assistência |assisted by Marie Mc Nicoll

Concepção Sonora | Sound Designer Jean-Sébastien Côté

Iluminação | Lighting Designer Light Factor

Efeitos Visuais | Visual Effects Volta

Supervisão de Efeitos Visuais | VFX Supervisor Nicolas-Denis Robitaille

Direção de Composição e Supervisão de Composição em 2D | Head of Composition and 2D Compositing Supervision Nathalie Girard

Chefia de Arte em 3D | Lead 3D Artist Éric Maltais

Cenografia Digital | Matte Painter Richard Bergeron

Direção de Fotografia | Director of Photography Sébastien Gros

Direção de Produção | Production Director Julie Marie Bourgeois e/and Catherine Comeau, com assistência de | assisted by Valérie Lambert

Direção Técnica | Technical Directors Pauline Schwab, Michel Gosselin e/and Mathieu Thébaudeau, com assistência de | assisted by Dominique Hawry e Mickael Marchadier

Consultoria Técnica e Designer UX | Technical Consultants and UX designer Catherine Guay, David Leclerc, Patrick Durnin e/and Stanislas Elie

Engenharia Técnica e Montagem | Technical Engineery and Assembly Jean-Félix Labrie

Coordenação de Produção / Filmagem | Production Coordinator / Shooting Vanessa Landry-Claverie

Redação | Writer Thierry Audin

Construção de Cenário | Set Construction Hugues Bernatchez, Éric Leblanc, Danny Rochette e/and Gabriel Rochette

Equipe de Construção | Construction Team Éliane Bourget, Gabriel Bourget Harvey, Gabrielle Arsenault, Gabrielle Doucet, Geneviève Bournival, Geneviève Tremblay, Geneviève Thibault, Joée Lachapelle, Jacopo Guilli, Mylène Turcotte, Émilie Potvin, Guylaine Petitclerc, Jean Gauthier, Laurie Carrier, Maude Groleau, Élène Pearson, Sonia Pagé, Danielle Boutin, Mona Elicery, Marie McNicoll, Daphnée Lemieux-Boivin, Marie-Renée Bourget Harvey

Ajudante | Handyman Tony Hamelin

Agenciamento de Robert Lepage | Director’s agent Lynda Beaulieu

Produção/Ex Machina | Producer/Ex Machina Michel Bernatchez, com assistência de | assisted by Vanessa Landry-Claverie

Concepção e Produção | Design and Production Ex Machina

Produção Associada – Europa e Japão Epidemic | Associate Production – Europe and Japan Epidemic (Richard Castell com assistência de | assisted by Chara Skiadelli, Florence Berthaud e/and Claire Dugot)

Produção Associada – Américas, Ásia (exceto Japão), Oceania e Nova Zelândia | Associate Production – the Americas, Asia except Japan), Australia and New Zealand Menno Plukker Theatre Agent (Menno Plukker, com assistência de Dominique Sarrazin, Isaïe Richard e Magdalena Marszalek | Menno Plukker, assisted by Dominique Sarrazin, Isaïe Richard and Magdalena Marszalek) 

Ex Machina é subvencionada pelo Conselho de Artes do Canadá, Conselho de Artes e Letras do Quebec e da Cidade do Quebec | Ex Machina is funded by the Canada Council for the Arts, Quebec’s Arts and Literature Council and the City of Quebec.

Equipe no Brasil | Presenting Team in Brazil

Curadoria | Curator Andrea Caruso Saturnino

Projeto Arquitetônico | Architectural Project Argus Caruso

Projeto de Iluminação e Direção Técnica | Light project and Technical direction André Boll

Tradução dos Textos da Exposição | Translator for the Exhibition Texts Beatriz Sayad

Narração | Narrator Rodrigo Bolzan

Equipe de Montagem | Technical Set up Team Emílio Melo de Souza, Beto Almeida, Felipe Andrade, Fernando José Zimolo, Fernando Albuquerque, Helena Cukier, João Carlos Almeida, Ney  Silveira, Patrícia Savoy e/and Ronaldo Goiti

Operação e Manutenção Técnica | Operation and Technical Maintenance Everton Gomes

Logística da Carga | Cargo logistics Waiver Logistics

Design Gráfico | Graphic Design Érico Peretta

Direção de Produção | Production Director Andrea Caruso Saturnino

Produção Executiva | Executive Production Lara Bordin

Produção e Agenciamento no Brasil | Production and Agency in Brazil Performas Produções

REALIZAÇÃO 

SESC RJ – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO 

Administração Regional do Sesc no Rio de Janeiro  

Presidente do Sistema Fecomércio RJ  Antonio Florencio de Queiroz Junior 

Departamento Regional | Diretora Regina Pinho  

Direção de Programas Sociais | Diretor de Programas Sociais Gilson Santos 

Gerência de Cultura | Marcia Costa Rodrigues   

Assessoria da Gerência de Cultura Juliana Costa 

Curadoria e Coordenação do Projeto | Equipe técnica de Artes Visuais e Biblioteca | Gerência de Cultura  Iara Costa, Stela Costa, Christine Braga e Leandro Trindade 

Equipe Técnica Sesc Copacabana  Ricardo Braga (gerente), Rafael Gugliotti (coordenador técnico), Carolina Salim, Leila Dantas e Marcelle Pontes (analista técnico) 

SERVIÇO

A Biblioteca à Noite

Sesc Copacabana – Rua Domingos Ferreira, 160

Data: Até 26 de janeiro de 2020

Dias: De terça* a domingo

Horários: Das 9h30 às 20h

Valor: Entrada Gratuita (a visitação será somente mediante agendamento prévio pelo hotsite https://abibliotecaanoite.sescrio.org.br/agendamento-online/)

*Às terças serão exclusivas para agendamento de grupos.

Classificação etária: 10 anos

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Redação Rio Notícias

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